5 de outubro de 2006

O Triunfo das Vacas

O triunfo das vacas

A camada de ozônio é uma capa de gás que envolve o planeta, é produzido através da fotossíntese e torna-se um escudo poderoso contra os nocivos raios solares, filtrando-os em até oitenta por cento. Simplificando: a camada de ozônio funciona como um espelho que impede você de virar lenha quando está pegando uma corsinha no verão ou quando está lagarteando no inverno.

Por detrás do grande clichê da destruição da camada de ozônio, que pode ser comparado ao almejar da paz mundial, está a verdadeira preocupação de não tornar a Terra uma obra de Dante Alighieri. Esta preocupação genuína ocorre em função de alguns fatores que provocam a destruição do Sr. O3: emissão de gases poluentes derivados da queima do carbono, os clorofluorcarbonetos –CFCs, vide bula- que escapam do seu desodorante caríssimo pressurizado e das fabricas que constroem a sua geladeira que mantém a cerveja no ponto. E um outro fator bem engraçado: o flato das vacas também é um criminoso; esses bichinhos aparentemente inofensivos são um dos maiores agressores da camada de ozônio.

O ser humano sempre tenta resolver problemas: por exemplo, o protocolo de Kyoto. Desculpem, esqueci que o protocolo é quebrado pelo imperialismo americano. Bem vejamos um exemplo mais feliz: a substituição do gás CFC por outro gás não agressivo na fabricação das geladeiras.

Sou apenas um especulador e sei que este assunto é ultra polêmico. Mas acho que as vaquinhas e seus “puns” poderiam ser evitados bem facilmente, com uma ação em espaço micro, que começa por você. Posso explicar assim:

“As vacas existem em grande quantidade não para aparar o capim. Também não existem em grande quantidade por que são altamente férteis e seu ciclo de reprodução é curto. Elas não existem em grande quantidade por que os indianos, que as têm como animal sagrado as reproduz, em grande escala, para adorá-la em qualquer lugar. As vacas, para se reproduzir, já nem fazem mais sexo: a inseminação privou-as destes momentos de prazer. As vacas existem em grande quantidade por que os seres humanos consomem carne bovina como bebem -eu iria dizer água, mas que bobagem!- Coca-Cola. Nossos campos que poderiam servir para plantar e alimentar pessoas estão alimentando animais que consumimos torpemente, e que destroem a camada de ozônio com suas flatulências. Elas estão lá, e não devemos isso à graça divina ou ao Mahatma Ghandi, devemos isto à nossa cultura carnívora e primal. Alimentamos as vacas para depois nos alimentarmos delas. E nisto estabelecemos uma perigosa relação de poder: colocamo-nos acima do alimento que destrói a camada de ozônio, cujo fim nos destruirá. Podemos dizer que ao comer vacas estamos nos suicidando.”

A solução para este evento consumista, assassino e suicida é mudarmos nossos hábitos alimentares. Ou seja, ser vegetariano é contribuir com a possibilidade de pegar uma “cor de jambo” no verão. Isto tudo eu estou é empírico, mas eu estou apenas divagando. Afinal não sou cientista, nem muito menos defensor de uma dieta verdinha. Como meu churrasco nos fins de semana e nunca havia me passado na cabeça, enquanto degustava um filé mal passado, que o céu sobre estaria sendo inundado por raios solares agressivos, facilitado pelo “pum” da vaca que eu comia.

Quando chegar no fim de semana eu vou comer alface genéticamente modificada: sabor churrasco.

No fim das contas a o consumo de Coca-Cola é coerente, tomando este acido com bolinhas de gás carbônico nos resta mais água para lavar o carro no fim de semana. Mas isto é outro assunto: podemos discutir em outro episódio quando a o refrigerante deixar de levar água na composição. Uma vez escutei um amigo relatar uma frase peculiar que escutou durante a aula na faculdade de Geografia: quando o professor explanava sobre o consumo indevido de água e sua possível falta o aluno despontou “Não sei por que todos se preocupam tanto com a falta de água no planeta se nós já sabemos a fórmula dela, simples, H2O!”. Quanta verdade, e eu ainda penso nas vacas... Quanta hipocrisia!